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GERAL

Trabalhadores da EMDUR paralisam atividades; e pedreiro é transferido

Trabalhadores da EMDUR, do setor da construção civil, estiveram paralisados na manhã desta quinta-feira (1), o protesto foi motivado pela não implantação do plano de cargos e salários, equiparação salarial e insalubridade. O grupo esteve reunido com a diretora administrativa da empresa, para solicitar uma reunião com o prefeito José Carlos Schiavinato. Segundo os trabalhadores o prefeito teria prometido ao grupo um reajuste na folha de pagamento de agosto, o que não aconteceu. O grupo declarou a reportagem que temia retaliações, o que supostamente teria ocorrido no final da tarde.

01/09/2011 - 18:25


Em torno de 20 obras foram interrompidas com o protesto, entre elas no Frigorífico de Vila Nova, que deverá ser inaugurado na próxima segunda-feira (5), quando o governador do Estado, Beto Richa estará em visita à cidade.

O sentimento dos trabalhadores era de decepção, uma vez que segundo eles, desde janeiro o processo de negociação está rolando sem um desfecho. “O Plano de Cargos e Salários foi realizado no ano de 2009, desde janeiro estão negociando e até agora nada. A conversa começou em janeiro e nos pediram 90 dias. Em março nos pediram mais 90 e hoje pediram mais 90 dias”, comentou o trabalhador André Semildo Bugs.

Uma das reivindicações dos trabalhadores é o reajuste nos salários, que teria sido prometido pelo prefeito Schiavinato. “Nós estamos precisando de melhorias no salário e no setor de trabalho, mas a EMDUR está nos enrolando. O nosso salário está em R$ 903 e foi prometido que seria de R$ 1064 e até agora nada. Isto é uma vergonha, porque tem escalão que ganha até R$ 12 mil”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas Municipais de Toledo (SINTRAEP), Luiz Carlos dos Santos declarou que em 2010 a EMDUR, através de um processo de licitação contratou uma empresa para fazer um estudo sobre o Plano de Cargos e Salários que foi apresentado ao Sindicato no dia 16 de junho deste ano. E no dia 25 de junho foi realizada uma assembléia na qual os trabalhadores discutiram e rejeitaram a proposta da empresa de acabar com o quinquênio (5% de reajuste salarial a cada cinco anos).
“Após a Assembleia houve um período em que foram negociados pontos do PCS, sendo que o acordo coletivo 2011/2012 (que prevê o PCS) foi assinado em 25 de julho. Após a assinatura do acordo coletivo nesta data a EMDUR já teria o aval para agilizar a implantação do Plano de Cargos,já que tudo estava acordado. A demora é incompreensível”.

A reportagem procurou a diretora administrativa da EMDUR que teria feito a reunião com os trabalhadores, mas foi informada por funcionários que ela não se encontrava mais no prédio e não havia outra pessoas que pudesse dar declarações naquele momento. Apesar de deixar o contato e solicitar um retorno, a empresa não se manifestou. A Casa de Notícias retornou a ligação, mas foi informada que quem poderia se manifestar já tinha saído.

No entanto, logo após a Casa de Notícias recebeu a informação de que o pedreiro, Dalvo Schneider teria sido comunicado que a partir de sexta-feira (2), seu local de trabalho seria o Cemitério Jardim da Saudade, no Jardim Europa. “No comunicado dizia que se eu não assumir eu vou perder o abono salarial de R$ 160, conforme o acordo coletivo. Isto é retaliação porque fizemos o protesto”.

Os trabalhadores prometem manter o protesto até o prefeito José Carlos Schiavinato os receber e cumprir com a promessa do reajuste.

 

Por Selma Becker