Gerar conexões, potencializar negócios e promover a interação entre solucionadores e demandantes. Com esses objetivos, o SRI Iguassu Valley, apoiado pelo Sebrae/PR, Senai, Sistema Fiep, Cooperativa LAR, PTI e outros parceiros realizaram, na última quarta-feira (01), com o patrocínio da Itaipu Binacional, o Link SRI, maior evento de inovação aberta do oeste paranaense. Com a temática matchmaking, o evento reuniu mais de 400 participantes de vários estados, para a busca de soluções, desafios e oportunidades de negócios.
“Quando o mundo passa por mudanças, abre-se uma janela de para novas formas de fazer as coisas. Portanto, estamos vivendo em um ambiente muito positivo para a disposição de ideias e, para isso, é necessário o entendimento de que a inovação precisa ser feita de forma colaborativa. É isso que acontece em tempo real durante o Link SRI”, introduz o coordenador do SRI Iguassu Valley, Jadson Siqueira.
Para isso, a programação do Link iniciou com uma palestra sobre inovação aberta de resultados com representantes da área de inovação e startups da Microsoft: Stéfany Mazon Markovitz; Michele Nakamura e Danielle Fonseca.
Segundo Stéfany, um dos principais pontos da inovação é compreender que ela é diretamente ligada à criatividade aplicada, ou seja, não bastam ferramentas e tecnologias: é preciso ser criativo para atender às demandas de um mundo em constante transformação.
Segundo Stéfany, um dos principais pontos da inovação é compreender que ela é diretamente ligada à criatividade aplicada, ou seja, não bastam ferramentas e tecnologias: é preciso ser criativo para atender às demandas de um mundo em constante transformação.
“Nesse processo de transformar dados em insights, existem 4 pontos essenciais. O primeiro é entender o que aconteceu em um determinado contexto. Para isso, devemos olhar no retrovisor, fazendo reports (relatórios). Depois é preciso compreender por qual motivo isso aconteceu e nesta etapa, começamos a inserir o processo da inteligência, com dashboards interativos. Feito isso, damos mais um passo, prevemos o que poderá acontecer criando modelos preditivos. A partir daí, é chegada a hora de colocar o sonho em ação, tentando dar vida ao insight, com recomendações e automações”, detalhou Stéfany.
Na sequência, Danielle e Michele repassaram soluções que a Microsoft oferece para acolher e fomentar startups de todo o mundo, demonstrando programas, cursos e plataformas de conteúdos exclusivas do setor, tais como Azure e Startups Support.
Matchmaking
Divididos em sete spots (mini palcos), as empresas âncoras, ou seja, as que levaram ao LINK SRI problemas e desafios, apresentaram de forma presencial suas demandas ligadas a temáticas como atenção aos clientes, movimentação e armazenagem, destinação de resíduos, gestão e produtividade, sanidade animal, destinação de resíduos, instituições de ensino, Show Rural Coopavel, qualidade de produtos alimentícios e sustentabilidade e eficiência. Anteriormente, a prévia das demandas havia sido divulgada de forma exclusiva para os inscritos na plataforma Catalisa.
“Esse foi o momento mais crucial do evento. Foi a única oportunidade que os participantes tiveram para entender melhor o que as empresas precisavam e, com isso, pensar nas soluções que poderiam ser oferecidas. No total, estimamos que houve o encaminhamento de mais de 231 propostas”, pontua o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus.
De Tigrinhos, Santa Catarina, Cleber Jefferson Anzolin, gestor de produto e desenvolvimento de mercado da Vitra, startup especializada em tecnologia de compósitos, veio até Medianeira com outros representantes da startup. O objetivo? Gerar negócios.
“Chegar até empresas como as que estão demandando aqui seria muito mais difícil se não existissem eventos como o Link. Nós olhamos as demandas, vimos que algumas delas poderiam ser solucionadas por nós e viemos aproveitar essa oportunidade de entrada. Esperamos voltar para Santa Catarina com conexões novas e com alguma possibilidade de contrato também”, afirma Cleber.
Adriana Reinke Bayer é sócia-proprietária da BZS Tecnologia, de Marechal Cândido Rondon, que desenvolve soluções em sistemas. Segundo ela, a participação no Link visa a compreensão do mercado.
“Hoje, não temos mão de obra para atender demandas grandes, mas, mesmo assim, viemos até aqui para entender o que o mercado está solicitando e, a partir disso, programar mudanças, criações ou adaptações nos produtos que já temos.”, enfatiza a empreendedora.
Na categoria de demandante, Volmir Valcarenghi representou a Via Lácteos Transportes, empresa âncora de Matelândia, especializada em gestão e logística no transporte de alimentos líquidos. No Link SRI, ele e sua equipe trouxeram desafios ligados à inovação da empresa, que está expandindo e tem filiais por todo o País.
“Expusemos algumas das nossas dificuldades relacionadas a diversos assuntos que são interligados com a inovação e o nosso processo de expansão, pois queremos crescer, mas manter o foco no cliente, que precisa ser bem atendido. Ouvimos algumas das ideias sugeridas e já agendamos um encontro com uma startup para a próxima semana”, enfatiza Valcarenghi.
Depois desse momento de apresentações de demandas e soluções, instituições de apoio utilizaram os spots para demonstrar aos participantes como elas podem colaborar para a consolidação de novos negócios. Estavam presentes a Lamia, laboratório de pesquisa da UTFPR de Santa Helena, Iguassu Angels, BRDE, Sebrae/PR, Acic Labs, Unioeste, Biopark, CienTech, Finep, Fundetec, Senai, PUCPR e Fomento Paraná. Paulo Ferreira, responsável por novos projetos e negócios do BRDE na região oeste, reforça que a inovação é uma das principais temáticas do Banco e, por isso, o Link SRI é um evento importante para conectar necessidades e projetos.
“Temos várias linhas específicas para a inovação e aqui temos a oportunidade de ter contato direto com quem desenvolve soluções inovadoras. Normalmente, as pessoas acreditam que o acesso a esses financiamentos é muito difícil, mas aqui conseguimos explicar os caminhos e incentivar a participação em editais, o que pode gerar grandes investimentos nos projetos da região”, menciona Paulo.
Prêmio Inova Oeste
Ainda durante esta quarta-feira, o Link SRI também abriu espaço para a entrega do Prêmio Inova Oeste. A premiação ocorre desde 2019 e tem dois objetivos. O primeiro é reconhecer esforços, soluções e resultados inovadores em organizações públicas e privadas do Oeste do Paraná, considerando três tipos de inovações: em produtos, em processos e organizacional. O segundo é reconhecer personalidades de empresas, instituições de ensino e pesquisa e governo, que contribuíram de alguma forma para o fortalecimento e desenvolvimento de inovação no ecossistema SRI Iguassu Valley.
Confira os ganhadores:
Categoria inovação em processos
Micro e pequenas empresas e startups – Lean Automation Smart System, com a criação da spin-off Lasse
Médias e grandes empresas – Lar Cooperativa Agroindustrial com o aplicativo Lar Digital
Categoria inovação em produtos
Micro e pequenas empresas e startups – NetWord Agro, com o projeto de monitoramento digital de solos, lavouras e pastagens
Médias e Grandes Empresas – Coopavel, com o projeto Salus Magis
Instituições de ensino e pesquisa – Fundação Parque Tecnológico Itaipu, com o Programa Integração Universidade e Empresa (PIUE)
Categoria inovação organizacional
Instituições de ensino e pesquisa – Lamia – Laboratório de Aprendizado de Máquina e Imagens Aplicados à Indústria/Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena; com o projeto do Lamia
Entidades públicas – Instituto de Desenvolvimento do Paraná – IAP-EMATER; com o Programa Paraná Energia Rural Renovável
Personalidade inovadora
Empresas – Luiz Donaduzzi, presidente do Biopark
Governo – Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel
Instituições de Ensino e Pesquisa – Ryon Braga, diretor-presidente da Uniamérica