Há cerca de cinco anos, os pesquisadores do Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, em convênio com a Itaipu Binacional iniciaram pesquisas no Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Piscicultura em tanque-rede no refúgio biológico de Santa Helena. Os estudos tiveram como objetivo aprofundar pesquisas com espécies nativas. Neste ano, os experimentos foram finalizados e a equipe do GEMAq elaborou um pacote técnico para aproximadamente 150 produtores da região lindeira ao Lago de Itaipu.
No início dos estudos, de acordo com o coordenador técnico do projeto, Evandro Kleber Lorenz, a equipe realizou testes com algumas espécies diferentes: curimba, piapara, piracanjuba(Brycon orbignyanus), jundiá (Rhandia quelem) e pacu (Piaractus mesopotamicus). Nesta etapa os pesquisadores destacaram a bom desenvolvimento e produtividade do pacu, enfatizando a adaptação da espécie em tanque-rede.
"Começamos a desenvolver um pacote técnico para o cultivo do pacu em tanque-rede. No último convênio com a Itaipu (2008 – 2010) foi elaborada a cartilha técnica com informações sobre a melhor época do ano de cultivo e estocagem do peixe, o tamanho ideal para fazer o transporte e a despesca, dados sobre a conversão alimentar, como são elaborados os produtos a base de peixe e a viabilidade econômica da produção de pacu em tanque-rede no reservatório de Itaipu", explica.
Desafios
O coordenador técnico do projeto, Evandro Kleber Lorenz, relata que o principal desafio da equipe foi desenvolver o pacote técnico, pois a literatura trazia poucas informações sobre o cultivo de pacu em tanque-rede. O GEMAq realizou estudos simples e complexos da espécie, ou seja, desde a densidade da estocagem até o final da produção.
Livro
Os dados da cartilha foram transformados em um livro. A obra é destinada ao público acadêmico e vai possuir dados mais aprimorados. A obra deve ser lançada até o final deste ano.
Texto: Graciela Souza
Foto: Vitor Pinheiro