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SAÚDE

Toledo registra redução no número de diagnósticos de hepatite nos últimos anos

No Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, lembrado nesta segunda-feira (28), especialistas alertam a população para cuidados rotineiros e simples capazes de evitar a contaminação dos tipos mais comuns da doença no Brasil: A, B e C. Em Toledo, desde 2011 o número de pessoas diagnosticadas com hepatite diminuiu. Além disso, cuidados básicos e tomar as vacinas são pontos importantes para que as pessoas evitem contrair a doenças, que em seus casos mais graves, pode até mesmo matar.

29/07/2014 - 20:34


Segundo dados repassados pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Toledo, Rosana Cerbarro, os números de pessoas que contraíram a doença diminuíram desde 2011. Do tipo A foi diagnosticado no município somente um caso em 2014. “Nós não temos registros dos outros anos, mas este ano, até agora do tipo A, foi diagnosticado somente um caso”, informou. Já do tipo B houve uma diminuição nos últimos anos. Em 2011 foram diagnosticados 108 casos, em 2012 foram 92, em 2013 55 casos, e em 2014 foram 23. O tipo C, pior dos três, também contou com poucos casos diagnosticados no município. Em 2011 foram 14 casos, em 2012 10, em 2013 e 2014 foram cinco casos cada. Já no caso de quando os tipos B e C se manifestam juntos em 2011 e em 2013 foram diagnosticados um caso cada, nos outros anos, não houve registro.

A higiene pode prevenir a transmissão do tipo A, que ocorre por ingestão de água e alimentos contaminados. Sempre lavar as mãos com sabão depois de ir ao banheiro, ferver a água em locais onde não há água clorada, higienizar os alimentos são algumas dicas para evitar esse tipo de hepatite, doença que atinge o fígado.

Os tipos B e C, mais virulentos – que têm como principal forma de transmissão o contato com sangue e as relações sexuais – também podem ser evitados com maior cuidado em atividades corriqueiras. Escovas de dente, aparelho de barbear, brincos, entre outros acessórios pessoais, não devem ser compartilhados, pois também podem ser transmissores da doença.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, além dos cuidados com a higiene, a vacinação é fundamental para a prevenção, sobretudo no caso da hepatite B que pode ser tornar crônica e manter a circulação do vírus na comunidade. “Quanto mais cedo a pessoa adquirir a hepatite B, maior a chance de que ela se torne portadora crônica”, explicou ele ao lembrar que a vacina contra o tipo B faz parte do Programa Nacional de Imunizações há 14 anos. “Na época, ela era oferecida apenas a recém-nascidos e hoje é oferecida para pessoas até 49 anos. Felizmente não há mais ocorrências em crianças. O desafio agora é universalizar o acesso, pois é uma doença que atinge todas as idades”, explicou Renato Kfouri.

Para ele, a baixa adesão de jovens e adultos à imunização da hepatite B se deve, sobretudo, à falta de informação. “Muitos não sabem sequer que existe vacina para essas faixas etárias. Há uma cultura muito forte de vacinação da criança, mas ainda estamos muito longe na cobertura vacinal de jovens, adultos e idosos”, destacou. “Com a universalização, mais informação e conscientização conseguiremos erradicar pelo menos as hepatites A e B”, acrescentou.

Não há vacina para prevenir a hepatite C – a mais severa desses três tipos mais comuns no Brasil, podendo causar câncer no fígado. A vacina contra a Hepatite A começou a ser fornecida, pelo Sistema Único Saúde (SUS), para crianças de 1 a 2 anos no mês passado. Crianças maiores, adolescentes e adultos podem ser vacinados em clínicas privadas.

A hepatite A é mais leve, mas existem alguns casos fulminantes. O tipo B é 100 vezes mais infeccioso do que o HIV, e "o infectado costuma portar o vírus mesmo depois de curado”, segundo Renato Kfouri. “As chances de um recém-nascido, filho de uma mulher com hepatite B, ser portador do vírus para o resto da vida é 90%”, conta.

Campanha

Na segunda feira (28), o Ciscopar fez testes rápidos de hepatite para quem fosse até o local. Os testes são realizados todos os dias, mas como ontem foi lembrado como o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, foi feito uma campanha intensa para as pessoas irem fazer o teste. Durante os testes, foi lembrado a importância da prevenção. Além disso, fazer o teste é rápido e indolor.

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