O secretário de Meio Ambiente, Leoclides Bisognin, explicou que a área escolhida para o novo aterro possui 49 hectares e vem ao encontro das necessidades do município. “O local já foi possui um relatório de impacto ambiental feito há alguns anos, para que ali pudesse ser instalado um aterro industrial. Portanto o relatório de impacto ambiental de circunvizinhanças, questão de geologia, tudo ali é favorável para que se continue ampliando o aterro sanitário de Toledo”. A atual área é vizinha da já existente e conta com mata ciliar preservada e mais cinco hectares de eucalipto, tornando o local totalmente conservado. “Não existiria melhor área do que aquela para continuar. Primeiro porque está ao lado das instalações já existente, tem uma proteção de mata ciliar, além dessa, tem mais um cordão vegetal de eucalipto, e não houve nenhuma mudança no seu entorno”, contou.
Sobre a necessidade da ampliação, Beto comentou que o trabalho foi iniciado ainda em 2013 a partir de estudos realizados pelo corpo técnico da Prefeitura. “Foi uma das primeiras demandas que nos foi apresentada em relação à Secretaria do Meio Ambiente. O Flávio (Scherer) nos trouxe esta necessidade e desde então iniciamos os estudos para a resolução deste problema”. Beto destacou que o bom diálogo construído com a direção da unidade da BRF em Toledo e, posteriormente, com o vice-presidente nacional da empresa. “Estreitamos os laços com a BRF e a empresa demonstrou a preocupação com as questões ligadas ao município”. O prefeito toledano também lembrou que todo o trabalho compreende a uma preocupação ambiental desenvolvida em Toledo que passa também pela elaboração de um plano de coleta seletiva e a construção do plano municipal de gerenciamento de resíduos sólidos.
O empenho assinado nesta segunda-feira é referente a uma parcela do valor total. O restante – R$ 1,4 milhão – será pago por meio de trabalhos realizados pela Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (Emdur). “São ações como asfaltamento de pátios, sinalização em vias internas da BRF, galerias e outros serviços que a Emdur tem plenas condições de realizar”, comentou Rafael Menute. O gerente também frisou que o acordo faz parte do bom diálogo entre a Prefeitura e a BRF que resultou também na arrecadação de impostos no município – antes os impostos de exportação eram recolhidos em Paranaguá – e na doação de um caminhão para auxiliar no combate à dengue. Rafael ainda lembrou que a negociação foi justa, aplicando valores correspondentes aos praticados no mercado. “Nossa intenção foi facilitar para as duas partes porque isso representa benefícios para o município que hoje abriga uma das sedes que tem previsão de grandes investimentos por parte da empresa”, comentou.
Faltando acertar somente alguns detalhes, a Prefeitura já poderá começar a usar a área. “O lixo será destinado para o local correto, e ainda poderemos usar aquela área por um período de 20 a 25 anos”, finalizou o secretário.
Perspectivas
A ampliação do espaço que hoje abriga o Aterro Sanitário de Toledo abriu novas perspectivas. Para o coordenador do local, engenheiro Flávio Scherer, algumas medidas serão aplicadas visando ampliar o tempo de vida útil da nova área. “Estamos elaborando o Plano de Coleta Seletiva que é determinante para que isso ocorra. Até o final do ano estará concluído este plano contendo as ações que o município deve implementar dentro de um cronograma de atividades para que possa ser ampliado ainda mais o tempo de uso deste local onde serão depositados os resíduos domésticos”.
Flávio ainda comentou que Toledo pretende inovar no gerenciamento desta nova área. “A partir da coleta seletiva e de um bom gerenciamento nós conseguiremos, primeiramente, ampliar a vida do Aterro e consequentemente, melhorar a destinação dos resíduos. O novo projeto pretende sanar algumas dificuldades que nós observamos nos últimos oito anos e que podem ser resolvidas. A operação pode ser facilitada com estas inovações”. Uma destas melhorias é a aquisição de um rolo especial para aterros sanitários, chamamdo de tamping, que realiza a compactação. O processo licitatório para a compra deve ser aberto nos próximos meses e o investimento deve ser de aproximadamente R$ 1,4 milhão. “É um maquinário que chega a diminuir o espaço ocupado entre 25% e 30%”. A expectativa é que a nova área atenda as necessidades do município por mais 20 anos.
Sobre os projetos e previsão de investimentos para as novas células do aterro, Flávio lembrou que sem a confirmação de uma nova área eles seriam inviáveis. “Não podíamos nos adiantar pelo risco de realizarmos os levantamentos em vão. Com a confirmação da compra do imóvel poderemos iniciar os projetos”, concluiu.
