Casa de not%c3%adcias 1144x150

SAÚDE

Farmacêutica sugere a vereadores a instalação de uma CPI de medicamentos

Proprietários de farmácias estiveram reunidos, nesta sexta-feira (11), com vereadores toledanos. O objetivo do encontro era pedir aos legisladores que façam a mediação junto ao poder público municipal, de algumas demandas do setor, entre elas, maior agilidade da Vigilância Sanitária, na liberação de licenças, flexibilização nos prazos para adaptação das instalações, entre outras. Os proprietários também questionaram a forma como estão sendo distribuídos alguns medicamentos no município. Uma farmacêutica chegou a sugerir que os vereadores instalassem uma CPI de medicamentos.

11/02/2011 - 19:02


Os proprietários das farmácias reconhecem que as exigências da Vigilância Sanitária, fazem parte de Leis Federais, mas ponderam que grandes grupos têm questionado estas mesmas leis judicialmente e operam com liminares, como é o caso das conveniências, logo, segundo eles, uma vez que as pequenas farmácias não dispõem destas liminares, a fiscalização deveria aguardar a decisão final da justiça e aplicar a Lei de forma igual para todo o setor.

Outra reivindicação do setor é que se crie uma lei garantindo uma vaga de estacionamento gratuito em frente de cada farmácia e também, que seja revisto o processo de licitação e compras de medicamentos pelo município.

O vice presidente da Associação dos farmacêuticos de Toledo disse que os empresários pretendem atender as exigências, mas é preciso avaliar cada caso. “A Vigilância precisa ser mais maleável para que nós possamos seguir com nosso comércio”.

De Carli ressalta também que a morosidade da Vigilância na liberação das licenças tem dificultado a compra de medicamentos por parte das farmácias. “A demora é por conta que só tem uma funcionária para fazer toda a fiscalização nas farmácias e outros serviços, com isso já tivemos casos que demorou até 4 meses, por não ter sido liberado após as visitas. As distribuidoras exigem estes documentos para liberarem os medicamentos”.

Durante a reunião os farmacêuticos relataram diversos casos de que, supostamente, na Farmácia Popular estão sendo distribuídos medicamentos além do que é prescrito nos receituários. Eles alegavam que se fala em automedicação, mas que a Farmácia Popular, supostamente, libera medicamentos além do que é prescrito.

Cópia de uma receita circulou entre os participantes da reunião, nela estava prescrito, 480 comprimidos de paracetamol de 500mg, para ser tomado dois a cada 12 horas. Prescrição de medicamento (paracetamol) por 120 dias.

Um dos farmacêuticos sugeriu aos vereadores, que se instalasse uma CPI dos Medicamentos, para apurar o que está acontecendo e porque estaria se distribuindo excessivamente estes medicamentos.

O vereador Paulo dos Santos que estava coordenando a reunião disse que os vereadores presentes e os demais colegas que desejarem colaborar vão apurar as denúncias e se for procedente vão propor a instalação de uma CPI.

Quanto às outras reivindicações, Paulo dos Santos disse que será feito uma mediação entre os setores envolvidos, para que os empresários possam ter um tempo adequado para adaptar-se as exigências.

Participaram da reunião, além dos proprietários de farmácias, os vereadores Adriano Remonti, Ademar Dorfschmidt, João Martins, Leoclides Bisognin e Paulo dos Santos.

No término da reunião os setores públicos já tinham encerrado expediente, por isso, não foi possível ouvir a Vigilância Sanitária, nem a Secretaria de Saúde, mas a Casa de Notícias está aberta para ouvi-las.

Veja reportagem em vídeo.

 

Por Selma Becker

Sem nome %281144 x 250 px%29